A minha missão

Em que consiste o meu voluntariado

Publicado Sábado, 13 de Maio de 2017


Em que consiste o meu voluntariado? Durante este ano, em Santa Maria de Nieva terei duas missões.

Dar aulas de Inglês e Informática aos alunos bem como capacitar os professores e pessoal do Instituto.

Dou aulas de Informática aos alunos do 1º ano e Inglês aos do 2º ano.
A minha primeira missão foi reabilitar a sala de computadores, que agora se tornou uma das mais populares em todo o Instituto. 16 máquinas operativas e conectadas à Internet, gratuito para todos os alunos :)

Em geral, o nível de aprendizagem é baixo e são necessários métodos diferentes para os manter motivados. Tenho de me lembrar constantemente que as suas realidades são muito diferentes, alguns estão a viver fora da sua família e comunidades pela primeira vez. O meu castelhano não sendo perfeito, é o suficiente para me fazer entender.

Sempre que me é possível, falo do mundo em que vivemos... Aqui não se discute globalização, alguns nunca sairam da Província de Condorcanqui. Dar aulas de Informática e Inglês é importante, serão duas ferramentas valiosas para estes jovens no seu futuro. Mas sinto que lhes estou a dar muito mais, uma janela para verem mais além.

Coordenar a Residência de Jovens que vivem no Instituto.

O Instituto tem cerca de 90 alunos em regime presencial (para além de outros 30 à distância). Entre esses, muitos são oriundos de comunidades nativas bastante afastadas de Nieva. Demoram várias horas entre a sua casa e a escola. Por isso, Fe y Alegria permite que alguns alunos vivam no Instituto em regime de internato com um custo muito baixo. Tudo é financiado pela PROACIS, que obtem os seus financiamentos na Europa.

Eu também vivo no Instituto e coordeno todas as suas tarefas do dia-a-dia. De momento tenho 27 "filhos" ao meu cuidado. Cozinham para todos, limpam os seus quartos, os espaços comuns, e com o seu "machete" mantêm os espaços verdes do Instituto ordenados. Como com eles, banho-me com eles e tem sido gratificante ver que, por vezes, a mensagem passa.
Não tem sido fácil, é frustrante por vezes... mas passa.

  

Comecei a dar aulas aos 21 anos e sempre foi uma paixão. Aqui consigo recordar esses primeiros tempos, a essência de ensinar.
Conviver com estes jovens tem sido uma experiência única e tantas vezes é necessário despir a pele de ocidental para os entender, para fazer sentido do seu modo de viver.
Sinto-me um verdadeiro afortunado pois, ao fim de uns meses, consigo ver frutos da minha estadia por cá: Fazer outros crescer.

Queres ajudar-me a permanecer no Perú? Porque preciso de ajuda.

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